quarta-feira, 29 de abril de 2020

NORMAS ABNT PARA SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


Normas ABNT para serviços em eletricidade

Qual a diferença do profissional que realiza os trabalhos de acordo com o que aprendeu na prática para o que estudou sobre o assunto? A resposta é bem simples! As chances do trabalho realizado pelo profissional capacitado estar dentro das normas regulamentadoras é muito maior e é sobre estas normas que vamos falar neste artigo. Conheçam a ABNT para eletricistas e vejam quando e como usar estas normas.
Normas regulamentadoras:
Quando usá-las?
As normas técnicas e também as normas regulamentadoras, tem como objetivo oferecer a possibilidade de realização de um trabalho ou construção de algum determinado produto, seguindo regras mínimas que priorizam a segurança, o conforto e a qualidade.
Qualquer produto que será usado, além dos próprios trabalhos realizados dentro da área da elétrica, devem estar dentro destas normas. Utilizá-las como parâmetros para os serviços efetuados é fundamental para garantir a eficiência do mesmo. Sendo assim, a resposta para a primeira pergunta já está bem clara! Sempre deve-se usar as normas como base.
Normas regulamentadoras: Quais são?
Existem diversas normas regulamentadoras, mas as mais utilizadas na área da elétrica são: ABNT NBR 5410, ABNT NBR 14039 e também a ABNT NBR 5419. Vamos falar detalhadamente de cada uma delas, para facilitar o entendimento e a importância de se basear nas mesmas para realizar um trabalho seguro e de qualidade. Para consultar as normas, acesse o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ABNT NBR 5410 – Esta trata das instalações elétricas de baixa tensão, ou seja, aquelas que estão abaixo de 1000 volts em tensão alternada. Ela fala das prescrições sobre o projeto, execução, manutenção e verificação. Existem informações importantes sobre a escolha de materiais, quais os dispositivos de segurança necessários para cada situação e também fala das regras para realizar uma verificação antes da entrega da instalação e por fim, ela fala da periodicidade das manutenções da instalação elétrica. Esta norma deve ser o guia principal para os profissionais da área de elétrica, devendo ser revisada e consultada constantemente. Sendo assim, os profissionais de elétrica precisam ter esta norma em mãos para as necessidades no dia a dia.
ABNT NBR 14039 – Esta trata das instalações elétricas em média tensão, ou seja, aquelas que os valores de tensão estão entre 1000 Volts e 34,6 mil Volts em tensão alternada. Assim como ocorre com a NBR 5410, ela fala dos requisitos que visam garantir a segurança, conforto e qualidade nas instalação deste tipo. Trata detalhadamente do projeto, execução, manutenção e verificação.
ABNT NBR 5419 – Esta passou por uma atualização e trata do projeto, execução, manutenção e verificação dos sistemas que compõem a proteção contra descargas atmosféricas, também conhecidos popularmente como para-raios.
Normas regulamentadoras: Como usá-las?
Podemos afirmar que existem normas para praticamente tudo que você irá desenvolver ou realizar, principalmente na área da eletricidade que requer uma atenção redobrada. Estas normas contêm requisitos que visão lhe ajudar na realização de um serviço ou construção de um produto de qualidade, seguro e confortável, mas para isso, você deve utilizá-la corretamente.
Portanto, todas as vezes que você for realizar qualquer tipo de serviço relacionado a área da elétrica, consulte previamente a norma regulamentadora daquela atividade, para saber como deve ser feito este trabalho. Jamais faça alterações e adaptações por conta própria! Por mais simples que sejam, elas fatalmente irão tirar o trabalho das normas e consequentemente você terá problemas futuros.
Para ser um engenheiro eletricista consciente, é preciso conhecer as normas, entendê-las e principalmente saber usá-las, isso é parte fundamental do seu trabalho. A nossa dica final é que você se programe e invista na aquisição de algumas normas regulamentadores, lembrando sempre de atualizá-las. O bom profissional deve estar sempre estar se reciclando e buscando novos conhecimentos, jamais fique parado apenas no que já aprendeu.


ILUMIMAÇÃO EM AMBIENTES DE TRABALHO CONFORME NBR 5413


A NBR 5413 e os níveis de iluminância nos ambientes de trabalho
 A NBR 5413 trata especificamente da iluminância de interiores. Esta Norma foi lançada pela ABNT no ano de 1992. Sendo que em 2013 chegou a ser substituída por outra norma, a NBR 8995.
Porém, essa nova norma trouxe muitas indagações e dúvidas acerca de sua aplicação por parte de engenheiros, arquitetos e demais técnicos que trabalham com iluminância.
Por esta razão o Ministério do Trabalho se manifestou tecnicamente em 2014 afirmando que a NBR 5413 seria utilizada de forma subsidiária aquela nova norma.
Independente de subsidiar, a NBR 5413 estipula os níveis de iluminância de interiores nos ambientes de trabalho, sejam eles escritórios ou demais locais administrativos, estabelecendo assim a iluminância mínima e a máxima.
Dessa forma, segundo a referida norma da ABNT, o mínimo de iluminância que o escritório deve ter é de 500 lux. Por outro lado, o máximo que este ambiente administrativo deve possuir é de 1000 lux.
Claro que entre o valor mínimo e o máximo você poderá utilizar algum valor em seu projeto de iluminação de escritório levando em consideração o tipo de trabalho que será desenvolvido bem como todas as características do ambiente.
Alguns softwares, como por exemplo o Dialux, que você poderá baixá-lo gratuitamente e utilizar sem mensalidades, auxiliará o técnico na criação de um projeto luminotécnico em que se informa todas as características do ambiente e dos materiais a serem utilizados, e assim são obtidos os níveis de iluminância ideais.
É bom lembrar que esse projeto feito de forma correta é de fundamental importância para um escritório e áreas administrativas, visto que a quantidade de luz no ambiente de trabalho é capaz de influenciar positiva ou negativamente as pessoas e nas atividades desenvolvidas.
Saiba que a produtividade, e até mesmo as relações entre funcionários e a segurança das pessoas estão em jogo quando o assunto são os níveis de iluminância de interiores em escritórios e áreas administrativas.
Dessa forma, sempre se pergunta qual o nível de iluminância ideal a ser aplicado em um ambiente de trabalho? Falaremos sobre isso na sequência.
O nível ideal de iluminância em ambientes de trabalho
É a NBR a 8995 que trata de nível ideal de iluminação em ambiente de trabalho, mas a NBR 5413 poderá ser utilizada como subsidiária.

Independente disso é preciso considerar o tipo de atividade que serão realizadas e o ambiente para então determinar os níveis ideais.
A partir disso fica fácil entender que a instituição de normas tão abrangentes que visam disponibilizar uma excelente iluminação aos escritórios e demais ambientes de trabalho, contribuem por provar a importância da iluminância na eficiência e na produtividade das pessoas.
A NBR 5413 determina que nos escritórios e demais ambientes de trabalho os valores ideais de iluminância devem ser de 500 ou 750 ou 1000 lux.
De modo geral os técnicos escolhem o valor de 750 lux. Vale lembrar que 1000 lux só deverá ser escolhido quando no ambiente serão desenvolvidas atividades de visualização crítica ou que os funcionários tenham baixa visibilidade.
Já para o valor menor de 500 lux deverá ser utilizado em projetos cujos ambientes as tarefas não são realizadas de forma rotineira, e a precisão, bem como a velocidade dos trabalhos não são essenciais.
Banner 2 da planilha de Iluminância de Interiores
A NBR 8995 tem uma cláusula específica sobre a iluminação natural em ambientes de trabalho. Nela se destaca a possibilidade de prover com luz natural toda a necessidade de luz ou parte dela no ambiente administrativo.
Embora esta última norma seja mais complexa, utilizar as duas normas concomitantes é o ideal, chegando assim a criar um projeto luminotécnico com capacidade 100% de atender as necessidades fisiológicas das pessoas e do ambiente de trabalho.
Se restou alguma dúvida acerca dos níveis de iluminância nos ambientes de trabalho e a relação com as duas normas NBR 5413 e NBR 8995, não hesite em entrar em contato conosco.

A IMPORTÂNCIA DO SPDA CONFORME NBR 5419


NBR 5419

Sistema SPDA serve para proteção de raios  e o seu significado é Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, também é conhecido como para-raios.
Segue algumas características do SPDA:
O SPDA tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e seguro possível.
O SPDA não pára o raio, não atrai raios e nem evita que o raio caia.
O SPDA protege o patrimônio (edificação) e as pessoas que estão dentro da edificação que é protegida
Neutralizar, pelo poder de atração das pontas, o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a terra.
Oferecer à descarga elétrica que for cair em suas proximidades um caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas

Além de proteger eles também geram relatórios detalhando e revisando o aterramento elétrico, a esse ato chamamos de laudos de SPDA que tem por objetivo:
Prevenir: Ajudam a evitar possíveis erros na infraestrutura do local, evitando assim descargas atmosféricos que possam causar grande prejuízo;
Controle: Ajuda no controle para saber se os equipamentos estão devidamente e corretamente instalados para auxiliar na proteção da sociedade e não só do local;
Indenização: Casos de indenização só serão pagos se nos laudos SPDA constar que o equipamento deu defeito e não sua instalação ou manutenção.
O que a normas e regulamentação falam sobre a importância do SPDA
As edificações com altura superior a 10 metros, deverão possuir no subsistema de captação, um condutor periférico em forma de anel, contornando toda a cobertura e afastado no máximo a 0,5m da borda;
Condutores em Alumínio, mesmo com capa isolante, continuam sendo proibidos dentro de calhas de água pluvial. O cobre passa a ser permitido nestas condições;
Em paredes de material inflamável, o afastamento dos condutores passa a ser de no mínimo 10 cm. Nos demais tipos de parede, os condutores podem ser fixados diretamente sobre as mesmas, ou embutidos dentro do reboco;

Passa a ser permitida a utilização das ferragens de estruturas de concreto protendido como parte integrante do SPDA. Os cabos de aço da estrutura protendida NÃO poderão ser utilizados como parte do SPDA;

Todas as peças e acessórios de origem ferrosa, usados no SPDA, deverão ser galvanizadas a fogo ou banhadas com 254 micrometros de cobre. Fica assim proibida a zincagem eletrolítica
A ligação que era feita entre os anéis horizontais de cintamento e as caixas de equalização secundárias não deverá mais ser executada. Deverá ser instalada uma prumada vertical para interligar as caixas de equalização secundárias à caixa de equalização principal (LEP);
Nos SPDA estruturais que não utilizarem a barra adicional dedicada, deverão ser feitas medições de continuidade elétrica entre diversos pontos da estrutura, pois na maioria dos casos a execução não é acompanhada pelo responsável técnico do SPDA;
Quais outros cuidados devo ter?
Segue adiante algumas medidas preventivas.
Instalação de para raio nas residências;
Limpeza de telhados, calhas e caixas de descargas;
Confira sempre lista telefônica com contatos de emergência;
Recolha objetos espalhados pelo quintal da casa;
Utilize Fios terras;
Use Nobreaks entre outros.
DPS (dispositivo de proteção contra surtos)
Além de tomar todas essas precauções citadas, você também pode resguardar sua casa instalando um DPS (dispositivo de proteção contra surtos). Esse sistema tem como função fazer a proteção interna da sua residência contra descargas elétricas de origem atmosférica (raios) ou outras, como quedas de energia, sobrecargas e etc.
Através do DPS é possível oferecer Proteção contra danos de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e toda a rede elétrica interna. O DPS é parecido com um disjuntor e é instalado diretamente na caixa de distribuição geral (QDG). Também pode ser instalado entre a tomada de energia e o equipamento.
spda é importante
Também é recomendado o uso desse Sistema em locais onde são manipulados produtos perigosos e de alto risco de contaminação. Para instalá-lo deve ser contratada uma empresa especializada na área.
Tanto o sistema interno utilizado nas Residências, como a proteção externa de casas e edifícios deve seguir uma ordem de manutenção. Por isso, seja nas edificações de empresas comerciais ou nas residências é essencial que seja feito um acompanhamento do estado de conservação dos aparelhos instalados.
No caso dos para-raios a Verificação pode ser feitas a cada 2 anos, ou sempre que houver uma descarga de raios na instalação de proteção. No caso do sistema SPDA a verificação deve ser feita anualmente.
Dessa forma para você ter uma Segurança maior na época das chuvas é só estar atento às medidas de segurança citadas, para assim, garantir uma maior proteção para a sua casa ou edifício.
Pra Finalizar
Um para raio corretamente instalado reduz significativamente os perigos e os riscos de danos, pois captará os raios que iriam cair nas proximidades de sua instalação

QUAL AS VANTAGENS DE SE FAZER UM PROJETO ELÉTRICO E TER UM RESPONSÁ TÉCNICO


O projeto elétrico é responsável por garantir uma melhor distribuição de energia elétrica, além de evitar curtos circuitos e choques em áreas molhadas
As instalações elétricas não podem ser realizadas de qualquer maneira. Muitas pessoas cometem o erro de pensar que apenas passar o fio e ligar suas extremidades na tomada é o necessário, entretanto, cada corrente possui sua particularidade e um projeto elétrico é o mais indicado para evitar futuros empecilhos.
om um esquema predefinido, e que respeite as definições da norma NBR 5410, diminui consideravelmente o risco de o instalador realizar suas funções da maneira que bem entender, mas para retirar por completo esse problema é necessário contratar um profissional experiente e com formação sólida no assunto.
A SIL Fios e Cabos Elétricos, empresa presente no mercado de produtos elétricos criou uma lista com alguns pontos que reforçam a importância do projeto elétrico. Confira:
Projeto elétrico                             
Define todos os aspectos da instalação como, por exemplo, qual a seção nominal dos condutores elétricos de cada circuito; quais os valores nominais dos disjuntores utilizados; uso do dispositivo diferencial residual – DR. Também prevê a divisão da instalação em circuitos de tomadas de uso geral e de iluminação e a definição dos pontos de tomadas de uso específico, além de espaço para novos disjuntores na caixa de distribuição e em eletrodutos para futuras expansões;
Vantagens
Em uma instalação elétrica executada a partir de um projeto, todos os circuitos funcionam corretamente e sem perdas. Caso haja sobrecarga devido ao uso, o disjuntor desarmará, sem que gere o risco de o circuito chegar a um curto. Em ambientes molhados, como cozinha, banheiro e área de serviço, o dispositivo diferencial residual – DR protegerá contra choque elétrico. E o melhor: a conta de energia elétrica será paga pelo consumido de fato, o que não acontece quando a instalação é mal feita ou antiga;
Riscos
Além dos riscos com a segurança, não ter um projeto elétrico pode gerar um problema que durará a vida útil da instalação: a falta de capacidade de corrente dos circuitos e, em muitos casos, falta de circuitos elétricos necessários. Tal falha faz com que se tenha perda elétrica na instalação, gerando conta de energia mais alta e risco de curto-circuito. Já no caso de circuitos mais longos, há queda de tensão, levando a possíveis falhas de equipamentos ligados à rede;
Profissional
O projeto elétrico deve ser feito por um profissional habilitado e ter um responsável técnico para acompanhar a execução da obra. Em ambos os casos pode ser técnico ou engenheiro. Para o técnico há limitações, de acordo com o tipo de registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, que varia de estado para estado, dependendo da atribuição da formação.

A Importância de Fazer um Projeto Elétrico antes da Instalação

Quando estamos prestes a fazer uma ação que tenha grande impacto seja na rotina ou então no que estará envolvido, nós sempre paramos um pouco para pensar em como iremos executar essa tarefa. Isso podemos falar desde uma simples viagem, uma mudança ou então a implantação de algo, a execução de algum projeto, enfim, tarefas que vão exigir um determinado nível de atenção para que tudo saia da melhor forma possível.
Pensando assim que decidimos então falar um pouco sobre a real importância que devemos dar para um projeto elétrico antes de sairmos executando a instalação seja qual o nível e segmento for, dessa forma teremos total êxito antes durante e depois da instalação, não garantindo somente a funcionalidade do projeto, mas como a segurança em sua execução.
O que é projeto?
Tecnicamente falando, um projeto é nada mais do que toda descrição detalhada de qualquer empreendimento, ação, alteração que será realizada no futuro, ou seja, um mapa de como fazer, o que usar, onde se atentar, os cuidados que devem ser tomados e os riscos pertinentes em cada tarefa na hora da execução.
Dessa maneira, um projeto deve não só englobar a parte técnica da instalação que será executada, mas toda parte de segurança, tempos e ferramentas que devem ser utilizadas para garantir o sucesso ao final da execução do projeto.
Quem são os responsáveis por projetos elétricos?
Uma das maiores dúvidas que se gera na hora de fazer um projeto é quem pode e quem não pode fazer e aprovar um projeto elétrico.
Os engenheiros eletricistas são os profissionais habilitados por lei para projetarem e aprovarem projetos elétricos e de rede de distribuição sem limite de potência, porém todo profissional da área da elétrica pode fazer um projeto elétrico, mas esse somente será validado por um engenheiro eletricista que possui CREA ativo, dessa forma o projeto é legalmente valido.

Como fazer um projeto elétrico
Todo projeto seja ele voltado a área da elétrica ou de outro segmento deve começar com um pequeno script onde você deve responder as seguintes questões:
Qual o motivo do projeto?
Qual objetivo do projeto?
Quais ganhos pretende obter com esse projeto?
O que vou precisar para executar o projeto?
Quem irá compor o time desse projeto?
Quais as responsabilidades de cada um da equipe?
Qual prazo do projeto?
Qual o custo do projeto?
Respondendo essas questões você com certeza terá um norte a seguir e vai poder elencar assim as atividades do início ao fim passando por todos os pontos da instalação e prever os riscos e tudo o que vai precisar para executar seu projeto.

Responsabilidade do projetista
Fazer uma gestão de projeto não é uma tarefa tão fácil assim, pois você deverá se atentar a pontos extremamente específicos do determinado projeto que está executando, isso quer dizer que, ao realizar esse determinado projeto elétrico é de suma importância que você se atente a todas as normas regulamentadoras para a instalação que será executada, todas as regras e normas de segurança que devem ser seguidas e todos os dados técnicos da instalação que devem ser executados com total precisão para que se tenha um excelente resultado ao final da instalação do novo sistema ou processo.
Para que não se deixe escapar nada na hora do seu projeto uma dica que damos é elencar todas as tarefas que devem ser executadas, o prazo delas e se possível o valor que cada etapa lhe custará assim, você terá noção de tempo total do seu projeto e também do valor, além claro que nenhum ponto passara despercebido e a chance de sucesso é bem maior.
Diagramas Elétricos
Elaborar diagramas elétricos exige muita perícia e conhecimento técnico, sendo assim o projetista elétrico deve ser uma pessoa que saiba de fato o serviço que será executado, saiba também utilizar softwares de desenho que facilitem tanto o projeto do diagrama quanto a leitura dos profissionais na execução do projeto.

Dessa forma, os profissionais que são responsáveis pelo projeto elétrico são especialistas nos assuntos e devem elaborar o projeto de forma objetiva e assertiva para que não ocorra falhas na execução ou uso final, pois na hora de projetar é o momento mais fácil de corrigir um erro, tanto na velocidade quanto no custo do retrabalho.
Matriz de responsabilidades e segurança no trabalho
Todo e qualquer projeto, seja esse sobre instalação elétrica ou não, deve conter as pessoas responsáveis por cada etapa, isso acontece pois deve-se garantir que cada etapa projetada seja seguida com todo rigor possível, somente assim será possível ter a garantia que o resultado final será positivo conforme descrito na teoria.
Importância do uso dos IPI e normas durante o projeto de elétrica
Isso deve-se claro aos pontos técnicos estabelecidos nos diagramas elétricos, diagrama esse que deve seguir todas as normatizações contidas em cada segmento, como por exemplo para instalações elétricas de baixa tensão seguir a NBR 5410, ou então a NBR 13759 sobre segurança de máquinas, enfim, todo profissional deve consultar em qual norma o seu projeto se enquadra para o mesmo siga todos os padrões e isso você encontra facilmente no site da ABNT (http://www.abntcatalogo.com.br/).
Além de pensarmos em seguir tecnicamente todo projeto elaborado, temos que seguir também os padrões de segurança para cada tipo de tarefa a ser executada, ou seja devemos verificar os seguintes pontos:
Quais EPI’s serão necessários utilizar em cada tarefa do projeto;
Condições dos equipamentos que serão utilizados;
Ambiente de trabalho, se será em altura, espaço confinado ou ambiente aberto;
Habilitação dos profissionais que farão os serviços;
Condição de saúde de cada profissional para as tarefas designadas;
Conclusão
Enfim, para cada ponto do projeto deve-se ter uma pessoa responsável por cuidar desses aspectos projetados, dessa forma teremos a garantia que todo trabalho será executado conforme escopo do projeto, lembrando que a escolha desses responsáveis é tão importante quanto a execução do projeto elétrico elaborado.
Por fim, não saia fazendo instalações elétricas que estão em sua cabeça, pois lembre-se, nunca lembramos de tudo, ou seja, tanto na execução quanto na manutenção elétrica corremos um grande risco de falha sem um projeto em mãos.

Sendo assim, utilizem softwares disponíveis adequados para cada tipo de projeto, tirem do pensamento que dedicar algumas horas, dias ou semanas projetando e pensando na execução de uma instalação elétrica são atrasos, pensem em projeto como ganhos futuros e melhor profissionalismo.
E para te ajudar na gestão dos seus projetos vamos disponibilizar aqui uma planilha para que você controle cada etapa do seu projeto e tenha assim não somente a especialidade técnica de projetar mas como fazer gestão dos seus projetos seja em elétrica ou não.



segunda-feira, 27 de abril de 2020

Dispositivos de Proteção: Disjuntores DPS e DR


Dispositivos de Proteção: Disjuntores DPS e DR

Em qualquer instalação elétrica, torna-se fundamental utilizar dispositivos responsáveis pela segurança de pessoas e do patrimônio em particular. Sabemos que os disjuntores são componentes que desempenham bem a função de preservar a integridade dos locais e transeuntes ali presentes, pois estão programados para atuar em situações extremas de risco.
Nessas circunstâncias, eles pressentem falhas nos circuitos com alimentadores (fios condutores) e por serem termosensíveis, quando ocorre o aumento de temperatura provocado pela elevação da intensidade referente ao campo magnético um relé interno desarma evitando a continuidade da corrente. São os chamados disjuntores termomagnéticos.
Juntamente aos dispositivos citados anteriormente, que respondem pelo curto-circuito (corrente acima do valor nominal suportado pela instalação) e sobrecarga (tensão acima da permitida, podendo provocar a queima de equipamentos elétricos), devemos utilizar disjuntores de proteção visando aumentar a segurança da instalação em algumas situações corriqueiras. Tais dispositivos são:
DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos de Tensão): Disjuntor que atua quando uma tensão que percorre os alimentadores é alta, descarregando-a para a terra de forma direta.
DR (Disjuntor Diferencial Residual ou Interruptor Residual): Disjuntor que atua numa instalação em que o valor da corrente de fuga, que representa a soma algébrica das correntes instantâneas em cada fase, ultrapassa o valor nominal permitido.
A Norma Técnica da ABNT intitulada NBR 5410 recomenda que sejam utilizados os disjuntores de proteção nas instalações elétricas prediais.
Dispositivo de Proteção contra Surtos de Tensão (DPS)
Esse disjuntor possui função equivalente a do para-raios, tão conhecido por nós. As descargas atmosféricas produzidas pela existência de fortes raios durante uma tempestade, requer o uso de proteção contra queima de equipamentos devido a essas intempéries. Para isso utilizamos comumente o para-raios que funciona como solução destinada a manter a integridade da edificação, além de evitar queimas de equipamentos elétricos ligados a interruptores. Foi desenvolvido um dispositivo capaz de atuar quando um raio segue outro caminho através do qual não é reconhecido pelo para-raios (desvio de descarga elétrica produzida) e chega ao interior das residências, podendo provocar a perda de alguns eletrodomésticos aí existentes (o DPS), que complementa o sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Um especialista no ramo é o profissional mais indicado para dar a solução exata que você precisa.


Comparação entre Para-Raios e DPS
Basicamente podemos dizer que a utilidade do para-raios é a mesma do DPS, posto que funcionam como proteção interna para as residências. Porém, levando-se em conta o aspecto funcional, dizemos que cada um protege a edificação de maneira distinta. Esses dispositivos constituem um SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) regulamentado pelas normas técnicas NBR 5410, NBR 5419 e NBR 7117 da ABNT.
Analisando a questão financeira que incide em custos, o sistema de para-raios possui instalação onerosa, mas é recomendado para prédios e indústrias, além de locais que possuam equipamentos de uso essencial que devam ser preservados. Apesar de funcionar como proteção essencial quanto a incidência direta do raio, sobretudo em locais elevados que possuam esse dispositivo acima e situados próximos a morros ou montanhas, com árvores altas nos arredores, etc. a instalação interna em cada apartamento não estará a salvo de sobrecarga elétrica produzida pelo raio no momento em que atinja o alvo, esta irá incidir sobre a rede de fornecimento que por consequência provocará instabilidade na alimentação dos circuitos que abastecem cada unidade consumidora.

O Dispositivo de Proteção Contra Surtos Atmosféricos (DPS) é portanto a solução ideal para se prevenir contra sobrecargas elétricas. Funciona como um disjuntor que pode ser instalado ou no Quadro Geral de Distribuição ou entre o equipamento e a tomada de energia (nesse caso individual). Protege os circuitos de alimentação internos nas instalações ou equipamentos utilizados, de sobrecargas provocadas pelos surtos atmosféricos (raios) com pulsos de tensão elevados, descarregando-a diretamente na terra por meio dos condutores de aterramento existentes. Podemos citar ainda que esses dois dispositivos (para-raios e DPS) são complementares e constituem o sistema de proteção contra sobrecarga quando ela ocorre.



Disjuntores Diferencial Residual: Proteção de pessoas e instalações elétricas
 O dispositivo que reconhece fugas de corrente quando ocorre vazamento de energia dos condutores é chamado Disjuntor Residual (DR). Ele é responsável por evitar que uma pessoa ou animal seja atingida(o) pelo choque elétrico que ocorre através do contato acidental com partes da instalação ou superfícies que estejam conduzindo. Sua atuação permite o desligamento automático em duas situações distintas:

Contato Direto: Quando alguém toca a superfície de um condutor carregado eletricamente, em condições de funcionamento normal (Ex.: Orifícios de uma tomada de força que alimenta equipamentos eletrodomésticos);
Contato Indireto: Quando alguém toca uma superfície que normalmente não conduz energia, porém devido a uma falha no isolamento dos fios, passa a funcionar como um condutor qualquer (Ex.: Partes metálicas de uma geladeira antiga).
As correntes interrompidas pelo disjuntor residual são da ordem de centésimos de ampère e não reconhecidas pelo disjuntor termomagnético comum, podendo provocar a morte de uma pessoa caso cheguem a percorrer o corpo humano. O critério ideal de um sistema de aterramento considera o uso do condutor de proteção, além do disjuntor residual como proteção auxiliar.

Condições que tornam obrigatório o uso dos Disjuntores DR
A NBR 5410/97 (aplicada a instalações elétricas de baixa tensão) em seu item 5.1.3.2.2 determina ser obrigatório por medidas de segurança, o uso do disjuntor diferencial nos seguintes casos:
Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira.
Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.
Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos na área externa.
Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens.
Algumas observações devem ser feitas quanto à aplicação desse dispositivo:
A exigência quanto ao uso do disjuntor residual aplica-se a tomadas de força cuja corrente nominal seja no máximo 32 A;
Em se tratando de pontos de utilização conforme citados no item 4, admite-se a exclusão daqueles que alimentem aparelhos de iluminação situados a pelo menos 2,50 m do chão;
O DR pode ser usado por ponto (individualmente por equipamento), por circuito ou por grupos de circuitos (módulos).
A referida norma prescreve ainda que os circuitos de iluminação e tomadas devem ser separados em todo e qualquer tipo de edificação, seja qual for o ambiente considerado (quarto, sala, etc.)
Precauções ao utilizar dispositivos DR
Um disjuntor apenas desarma (desliga) em condições nas quais pressente a falta em uma instalação elétrica que pode ser um curto-circuito ou sobrecarga (também intitulada sobretensão). Quando ocorrem desligamentos frequentes, fique atento pois isso representa sobrecarga na rede interna. Trocar o disjuntor por outro de maior capacidade seria a solução? Não. Pois isso requer troca de condutores (fios e cabos elétricos) por outros de bitola maior. É necessário avaliar qual anomalia interna da instalação é responsável direta por esse problema. Converse com um profissional competente que lhe dará a solução necessária, mas nunca efetue a substituição do dispositivo sem a devida consulta prévia. Isso vale tanto para disjuntores comuns quanto para os DR, que também podem desarmar sem motivo aparente.

Quadro de Distribuição contendo os disjuntores DPS e DR
Assista ao vídeo abaixo que explica em detalhes a função de cada dispositivo e como eles são interligados em um QD (Quadro de Distribuição), extraído do canal de Leo Curty no Youtube.

Conclusões
Quando falamos de instalações elétricas em baixa tensão, é fundamental destacar a utilização dos dispositivos de proteção que assegurem a integridade das pessoas e animais que habitem uma residência, além de ser preservado o patrimônio dos usuários da eletricidade. As normas adotadas pela ABNT estão avançando cada vez mais, estimulando o uso dos disjuntores que ampliam a segurança necessária que se pretende obter. Dessa forma, instalações antigas perdem sua capacidade e podem oferecer eventuais riscos, portanto é obrigatório realizar as devidas reformas quando forem convenientes. Observando essas recomendações podemos evitar inúmeros transtornos que possam ocasionar situações desagradáveis e perdas irreparáveis.

A IMPORTÂNCIA DO SPDA - PARA-RAIOS


O que é SPDA, Para-raios:
COMO SE FORMAM AS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ?
Descrição: https://i1.wp.com/datalink.srv.br/wp-content/uploads/2015/03/raio1-150x150.jpg?resize=150%2C150A formação de uma descarga atmosférica acontece quando temos nuvens intensamente carregadas (tempestades). A nuvem, carregada negativamente em sua parte inferior, forma uma descarga piloto em direção à terra. Em contrapartida, um caminho ionizado a partir da terra em direção à nuvem vai-se formando até encontrar a descarga piloto. Neste momento forma-se um caminho completo, que dá origem à primeira descarga (líder) possibilitando então a corrente de retorno (terra para a nuvem), de maior intensidade. Há casos, quando as nuvens estão intensamente carregadas, de os raios se repetirem pelo mesmo caminho (raios múltiplos), com diversas descargas simultâneas.
QUAL A AMPLITUDE DOS RAIOS ?
A corrente de uma descarga atmosférica é da ordem de 15.000A, podendo chegar a 200.000A. O tempo de duração total de um raio é de aproximadamente 200 micro-segundos, porém a frente de onda ocorre em apenas 1,2 micro-segundos.
ÍNDICE CERÁUNICO
A quantidade de raios em uma determinada região é dada pelo seu Índice Ceráunico, que determina o número de dias de tempestade por ano em uma região. Em Santa Catarina e Paraná este índice está entre 40 a 60 dias de tempestade por ano.
Veja a tabela do Índice Ceráunico de algumas cidades:
Curitiba-PR
53
               Londrina-PR
84
Rio de Janeiro-RJ
24
              São Paulo-SP
38
Porto Alegre-RS
20
             Florianópolis-SC
54
Joinville-SC
76
              Xanxerê-SC
88
Passo Fundo-RS
74
              Tubarão-SC
68
Blumenau-SC
70
A título de exemplo, este mesmo índice para a Europa seria entre 5 a 30, e justamente lá os sistemas de proteção às descargas são bastante rigorosos.
DANOS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Um dos principais danos das descargas atmosféricas está relacionado à ação dos raios em seres vivos (seres humanos, animais, vegetação). A descarga direta mata instantaneamente, porém é bastante rara. A descarga indireta, mais freqüente, acontece nas imediações e pode provocar seqüelas e até mesmo a morte. A descarga indireta dá origem a enormes sobretensões que afetam os seres e as estruturas nas imediações da descarga. Atualmente, com a sofisticação e proliferação dos equipamentos eletrônicos, as descargas têm sido uma preocupação constante. Geralmente as descargas provocam sobretensões que afetam ou mesmo inutilizam os equipamentos. Em regiões onde o Índice Ceráunico é alto isto se verifica com freqüência em sistemas de computação, transmissão de dados, equipamentos cirúrgicos, telefônicos, etc. Indústrias que trabalham com materiais combustíveis ou explosivos são as que devem ter o melhor tipo de proteção, pois estão mais sujeitas aos danos provocados pelas descargas. Edifícios residenciais, comerciais, públicos, de convenções, hospitais, hotéis e outros semelhantes, localizados em regiões abertas e com alto Índice Ceráunico, devem contar com sistema de proteção eficiente, tanto com relação às pessoas quanto à sua estrutura.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO AS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Os sistemas mais comuns utilizados atualmente são os captores radioativos (fora de norma), captores verticais (franklin) e captores em malha (gaiola de faraday), ou uma combinação deles. Devido à natureza das descargas, no entanto, dificilmente a proteção poderá ser 100% segura, mas pode se aproximar disto, como vemos abaixo.
O CAPTOR RADIOATIVO É PROIBIDO
O captor radioativo, muito utilizado há algum tempo atrás, hoje está sendo retirado do mercado e proibido o seu uso pelo CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear). Testes feitos com este tipo de captor indicaram que seu raio de atuação não é maior que o do captor franklin. Ou seja, a maioria das instalações que utiliza o captor radioativo com um grande raio de ação, na verdade está quase que totalmente desprotegida, pois estão errados os dados fornecidos pelos fabricantes. Além disto há o problema do material radioativo utilizado em sua fabricação, que tem durabilidade muito maior do que o restante dos materiais empregados no captor, e mesmo do que a estrutura que supostamente protege. O indicado é substituir este tipo de captor por um sistema mais eficiente e menos perigoso, e o mais rápido possível. O captor franklin protege um cone formado a partir de sua ponta, com um ângulo que varia conforme sua altura em relação à terra. Este ângulo varia de 45 a 25 graus, porém estruturas com mais de 20 metros de altura, necessitam de proteção lateral, pois o captor não á capaz de proteger as descargas atmosféricas laterais (inclinadas). Captores em forma de malha (gaiolas de faraday) são os mais eficientes, pois formam uma malha de condutores em torno de toda a edificação, protegendo quase que totalmente seu interior. Desta forma o campo magnético no interior é nulo, não havendo a indução de tensões que poderiam afetar os seres e equipamentos.
COMO FAZER UMA PROTEÇÃO EFICIENTE PARA AS EDIFICAÇÕES
Cada caso de proteção às descargas atmosféricas deve ser analisado com exclusividade. Nesta análise deve-se considerar o tipo de estrutura, a sua área construída, o material usado na estrutura, as estruturas das vizinhanças, a geografia do local e seu Índice Ceráunico, tipo de ocupação e conteúdo da estrutura. A partir destas condições pode-se realizar um bom projeto e uma boa instalação de proteção. A melhor opção para proteção é integrar o sistema aos próprios elementos da edificação, chamados de componentes naturais de proteção, tais como estruturas metálicas, detalhes metálicos da arquitetura, armações do concreto, fundações, etc. Para isto é necessário o conhecimento correto para uso destes elementos e sua forma de integração ao sistema protetor. Obviamente os custos do sistema de proteção caem consideravelmente, além do ganho qualitativo.
QUANDO SE TEM UM PÁRA-RAIOS NA EDIFICAÇÃO, OS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS ESTÃO PROTEGIDOS ?
A proteção da edificação tem apenas a finalidade de captar e escoar a corrente da descarga para a terra caso ela ocorra sobre o seu volume. Os seres humanos no interior da edificação estão protegidos, porém os equipamentos muito sensíveis não estão. O grande campo magnético associado à descarga pode afetar estes equipamentos, assim como as descargas nas redondezas e as correntes circulantes na terra, caso o aterramento não seja adequado e as linhas de energia e de comunicação não estejam protegidas contra surtos.
COMO PROTEGER OS EQUIPAMENTOS ?
Os equipamentos sensíveis no interior da edificação devem ter um sistema de proteção dedicado, que esteja associado às suas características de suportabilidade. Para isto todas as possibilidades de acoplamento devem ser levantadas, e em cima disto deve ser feito um trabalho de proteção que envolva desde blindagens até filtros protetores de baixa tensão. Um grande problema para os equipamentos não é apenas a “queda” de um raio sobre a edificação em que está alojado. As descargas nas imediações podem induzir elevados surtos nas linhas de energia de alta e baixa tensão, assim como em linhas telefônicas (troncos e ramais) e linhas de comunicação de dados. Estes surtos podem alcançar os equipamentos, os quais podem sofrer desde paralisações temporárias até a queima total.
OS EQUIPAMENTOS “QUEIMAM” SOMENTE QUANDO HÁ TEMPESTADES ?
Sem dúvida os transientes originados devido às descargas atmosféricas são os que mais tem afetado os equipamentos, mas uma série de outras causas têm originado problemas, e muitas vezes o usuário nem chega a se dar conta de que a causa esteja tão próxima. Como exemplo destas causas podemos citar: proximidade dos equipamentos sensíveis de cabos alimentadores de potência; proximidade às subestações; chaves contatoras na mesma linha de alimentação ou em linhas próximas; fontes de rádio-frequência (walk-talk); cabeamento de lógica junto a cabeamento de energia;
QUANDO UM ATERRAMENTO É DE QUALIDADE ?
Um dos grandes problemas nos sistemas de proteção é referente ao aterramento. Em geral as recomendações vão no sentido de se ter uma baixa resistência, o que não quer dizer necessariamente que o aterramento seja bom. As malhas de aterramento têm a função de escoar correntes de falta quando ocorre um curto-circuito, ou a de escoar as correntes de surtos – descargas atmosféricas. Para os dois casos as condições são diferentes, porém, por questões de engenharia, devemos associar as malhas da melhor maneira possível conforme as condições do local. Um aterramento para correntes de surto é de qualidade quando possibilita o escoamento num grande plano, de forma a diminuir as tensões de passo, bem como diminuir até eliminar a circulação de correntes por outros meios, tais como blindagens ou cabos.
AS MALHAS DE ATERRAMENTO DEVEM SER SEPARADAS ?
Do ponto de vista ideal, as malhas para diferentes sistemas deveriam ser totalmente independentes, porém isto é impossível na realidade da engenharia, pois os diferentes sistemas (elétrico, telefônico, dados, vídeo, carcaças) compartilham o mesmo espaço físico e sempre as malhas de aterramento, mesmo que independentes, são suficientemente próximas para gerarem diversos acoplamentos. Com estas considerações, as normas específicas (ABNT / IEC) recomendam a utilização de uma única malha e a criação de uma ligação equipotencial – LEP – para aterramento dos diversos sistemas.
CONFUSÕES E MITOS A DERRUBAR
É comum dizer que um pára-raios muito bom “puxa” os raios. Ora, o fenômeno das descargas é de grandes proporções, ocorre num espaço de vários quilômetros, e não será um conjunto de cabos e captores sempre o preferido para a descida. Na ocorrência de uma descarga, a estrutura que tiver uma boa proteção não sofrerá, enquanto que outra, desprotegida, terá que suportar sobre seu próprio corpo a captação, descida e descarregamento para a terra, com conseqüências imprevisíveis. O pára-raios tipo franklin, desenvolvido por Benjamim Franklin há décadas é utilizado até hoje e considerado adequado. No entanto, devido às proporções das descargas, as pontas do franklin não têm nenhuma serventia especial, apenas é mais “bonito” do que uma ponta só, e mais caro. Quando se vê grandes edifícios, arquitetura ousada, ótimo acabamento, sempre há o “defeito” das descidas do pára-raios com um cabo passando por diversos isoladores. Para quê os isoladores ? A norma é clara: apenas quando a estrutura de suporte é de material combustível (madeira, por exemplo). Mas quase todos os edifícios são de alvenaria ! Além do mais a distância de 10 ou 20 cm dos isoladores não faz muita diferença, em termos de proteção, para uma corrente de mais de 15.000 amperes.
CRENÇAS POPULARES
Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
– Isto não é verdade, pois é provado que um raio pode cair várias vezes no mesmo lugar.
O Pára-Raios do meu vizinho, protege a minha casa?
– O sistema de proteção contra descargas atmosféricas instalado no prédio do seu vizinho, foi projetado para proteger a edificação do seu vizinho, portando a sua está desprotegida.
O Pára-Raios atrai os raios para minha edificação?
– Errado, o sistema de proteção contra descarga atmosférica serve para conduzir a energia gerada por um raio à terra, por um caminho seguro.
O Pára-Raios protege meus equipamentos eletrônicos?
– Não, ele não protege os equipamentos eletrônicos. Os equipamentos eletrônicos devem ser protegidos por aterramento e outros dispositivos que tenham esta função.
Devo separar o Pára-Raios dos outros aterramentos?
– Não, todos os sistemas de aterramentos, seja de telefonia, de equipamentos eletrônicos, informática, SPDA, tubulações, etc., devem possuir uma ligação equipotencial.
DICAS PARA REALIZAÇÃO DE UM BOM PROJETO
• Os condutores de descidas e anéis intermediários podem ser fixados diretamente na fachada das edificações ou por baixo do reboco.
• Os condutores de descida devem ser distribuídos ao longo do perímetro da edificação, de acordo com o nível de proteção, com preferência para as quinas principais.
• Em edificações acima de 20m de altura, os condutores das descidas e dos anéis intermediários horizontais deverão ter a mesma bitola dos condutores de captação, devido à presença de descargas laterais.
• Para minimizar os danos estéticos nas fachadas e no nível dos terraços, podem ser usados condutores chatos de cobre.
• A malha de aterramento deverá ser com cabo de cobre nu #50mm² a 0,5m de profundidade no solo, interligando todas as descidas.
• Os eletrodos de aterramento tipo “Copperweld” deverão ser de alta camada (254 microns) não sendo permitidos os eletrodos de SPDA baixa camada. .
• As conexões enterradas deverão ser preferencialmente com solda exotérmica, porém se forem usados conectores de aperto, deverá ser instalada uma caixa de inspeção de solo para proteção e manutenção do conector.
• Todas as ferragens deverão ser galvanizadas a fogo, sendo portanto proibida a galvanização eletrolítica.
• As equalizações de potenciais deverão ser no mínimo executadas no nível do solo e a cada 20m de altura, onde deverão ser interligadas todas as malhas de aterramento, bem como todas as prumadas metálicas da edificação e a própria estrutura da edificação.
• As tubulações de gás com proteção catódica não poderão ser vinculadas diretamente. Neste caso deverá ser instalado um DPS tipo centelhador.
Recomenda-se que todos os furos realizados na instalação do SPDA sejam bem vedados para evitar infiltrações no futuro. Recomenda-se o uso de porcas, arruelas e parafusos em aço inox e buchas de nylon para aumentar a vida útil do SPDA.
MÉTODOS DE PROTEÇÃO:
Existem alguns meios de elaborar uma adequada proteção contra descargas atmosféricas. Dentre as mais usuais encontramos:
1) MÉTODO FRANKLIN – a teoria de proteção consiste na rotação da tangente de um triângulo em torno de um eixo (geratriz), cujo ângulo de abertura é determinado por uma tabela específica, variando em função do nível de proteção da edificação e da altura da edificação.
 Descrição: http://datalink.srv.br/wp-content/uploads/2015/03/para-raios42.bmp
1 – Captor tipo Franklin
2 – Mastro galvanizado
3 – Suportes isoladores para mastros
4 – Base de fixação e contraventagem
5 – Condutor de descida (cabo de cobre nu)
6 – Suportes isoladores para condutor de descida
7 – Tubo de proteção
8 – Malha de aterramento

2) MÉTODO DA GAIOLA DE FARADAY – consiste no lançamento de cabos horizontais sobre a cobertura da edificação, modulados de acordo com o nível de proteção. Este sistema funciona como uma blindagem eletrostática, tentando evitar que o raio consiga perfurar a blindagem e atinja a edificação e também reduzindo os campos elétricos dentro dela.
1 – Captor tipo terminal aéreo
2 – Cabo de cobre nú
3 – Suportes isoladores
4 – Tubo de proteção
5 – Malha de aterramento
6 – Conector de medição
 Descrição: https://i2.wp.com/datalink.srv.br/wp-content/uploads/2015/03/para-raios5.gif?resize=198%2C139
OBS: Outras estruturas metálicas da edificação a ser protegida contra descargas atmosféricas podem ser utilizadas como captores naturais ou condutores de descida tais como: coberturas, pilares, treliças, calhas, tubos, etc.
IMPORTANTE: A fabricação e comercialização dos captores radioativos está proibida Descrição: https://i0.wp.com/datalink.srv.br/wp-content/uploads/2015/03/rara-raios-radioativos-13.jpg?resize=200%2C279desde 1989 pela Resolução 04/89 da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) publicada em 09/05/1989, devido os fabricantes não terem conseguido comprovar a sua eficiência com o uso de material radioativo. Este tipo de captor deve ser substituído, e após isso a instalação deverá ser adaptada à Norma 5419/93 da ABNT parta que ofereça um mínimo de segurança, de modo a minimizar a exposição aos riscos provenientes de uma descarga atmosférica.
O QUE FAZER?
Para proteção de estruturas e equipamentos contra descargas e transientes, que geram prejuízos de grande monta, deve-se procurar um projeto de engenharia elétrica adequado, que gera gastos de pequeno custo e grande valor.
NOVAS TECNOLOGIAS
A DATALINK desenvolve projetos especiais de SPDA, controle de interferências, surtos e transientes utilizando os próprios componentes das instalações como estruturas metálicas das paredes, pisos e telhados para compor um sistema integrado de proteção.
Se há uma nova edificação a ser construída não deixe de nos consultar, sempre teremos uma solução de infra-estrutura e de engenharia para casar com o seu projeto de arquitetura.

SPDA – Elaborando Um Projeto De Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
á ouviu falar sobre projetos de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, o famoso SPDA?

Para elaborar um SPDA, além de observar nas normas técnicas como a ABNT 5419 (referente a proteção de estruturas), ABNT 5410 (referente a instalação de baixa tensão) e, também, as prescrições da norma NR-10.
Em um projeto de SPDA, também necessitamos interagir com os responsáveis pelos projetos estruturais e arquitetônicos, afim de sempre buscar a melhor solução técnica que atenda também os padrões estéticos.
Elaborando um projeto de SPDA
Ao finalizar essas soluções, aconselha-se fazer uma análise crítica, em que será verificada, principalmente, se a solução apresentada é exequível, se permitirá facilidade nas inspeções e manutenções do sistema, se atende a necessidade do cliente e se o detalhamento é suficiente para não permitir dúvidas na hora da execução.
Para a elaboração do projeto do Sistema contra descargas atmosférica, deve escolher qual tipo melhor se adéqua a edificação em questão. Os tipos mais comuns são o tipo Franklin e, principalmente, o tipo Gaiola de Faraday.
Projeto de SPDA Tipo Franklin
O método de proteção por para-raios tipo Franklin, consiste na utilização de um ou mais mastros com captores de modo que todo volume da edificação a ser protegido fique dentro de uma zona espacial de proteção do sistema, no interior do cone de proteção criado pelo para-raios.
SPDA Tipo Franklin
O exemplo mostra uma vista lateral de uma edificação de quatro pavimentos. Em que o ângulo do cone de proteção é de 45º.
O cone de proteção está protegendo todo volume, incluindo todas as partes da edificação, como também dos equipamentos instalados sobre ela.
O cone de proteção criado pelo para-raios Franklin deve envolver a estrutura também nas demais vistas, garantindo que toda ela esteja protegida.
Sistema de para-raio
PROJETO DE SPDA TIPO GAIOLA DE FARADAY
O projeto de SPDA tipo Gaiola de Faraday se baseia na planta de cobertura da edificação. Neste local será demonstrado a disposição dos fios nos subsistemas como:
Subsistemas de captação com captores horizontais;
Subsistemas de captação com captores verticais;
Subsistemas de decidas;
Subsistema de aterramento com eletrodos horizontais e verticais.
Parte de projeto elaborado de um SPDA
Parte de projeto elaborado pela empresa Führen Projetos para uma planta baixa de um seminário.
Algumas edificações se fazem necessário utilizar o sistema tipo Franklin com captação vertical juntamente ao tipo Gaiola de Faraday para garantir a proteção lateral da edificação, se sobressaindo em relação a última.
Após esses detalhes, deve-se identificar a localização da caixa de equalização de potenciais. É nesta caixa que é feita interação entre sistemas que necessitam de aterramento. São interligados os subsistemas elétricos, de telecomunicações, de gás e qualquer outro sistema que necessite de um terra de referência.
aterramento do para-raio
Após esses dados estarem de acordo com todas as necessidades e normas vigentes, é necessário fazer os detalhamentos da forma construtiva.
 Detalhamento da Instalação da Malha de Aterramento do SPDA
Ou, ainda, anel principal, que seriam os eletrodos horizontais.
malha de aterramento
Decidas
Ou ainda eletrodo de terra, que são os eletrodos verticais, juntamente a forma de conexão entre os eletrodos horizontais e verticais.
Em casos de descidas embutidas, também deverá ser representada no aterramento. Descidas como estas são advindas de questões estéticas.
Detalhamento da Caixa de Inspeção Tipo Solo
Detalhe do sistema de liberação do anel de aterramento para medição das decidas do aterramento
Fixação do Captor Horizontal
Fixação dos cabos dos captores horizontais sobre a cobertura.
Travamento do Captor para Mudança de Direção
As formas da mudança de direção e curvaturas.
TRAVAMENTO DO CAPTOR
Conexão em “X” dos Captores
A fixação nas telhas e o cruzamento das malhas em “x”.
Terminais Aéreos
Captores Verticais
 CAPTORES VERTICAIS
Notas Construtivas
Local onde deverá apresentar as premissas necessárias, resguardando de informações que não foram prestadas ao projetista juntamente a recomendações sobre a dúvida se há, por exemplo, uma estação de gás.
Independente do projeto que você fará, seja ele simples ou não, procure não deixar dúvidas sobre a execução. Para isso, o detalhamento é fundamental.
Além do projeto de desenhos, também é grande valia o fornecimento do memorial descritivo, da relação de fornecimentos, planilha orçamentária e da lista de documentos.
Tudo isso deve ser avaliado e assinado por uma pessoa habilitada demonstrando que o projeto, cálculos, materiais e detalhes que ali estão fornecidos são de informações válidas.
4.8 / 5 ( 87 votes )

SERVIÇOS CREA , APR WEB CEMIG E PART WEB CEMIG

DIA 16 DE NOVEMBRO 2022 TEM-SE : 7856 ART DO CREA DE PROJETOS ELABORADOS. NO PART WEB TEM-SE 808 PROJETOS E ANÁLISE DE CARGAS DE OBRAS CEMIG...